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Série bioma - Amazônia: Diversidade, desafios e possibilidades educativas

  • Foto do escritor: Nara Rotandano
    Nara Rotandano
  • 13 de mai.
  • 3 min de leitura

A Floresta Amazônica é o maior bioma do Brasil e abriga a maior biodiversidade terrestre do planeta. Mas apenas cerca de 60% dessa imensa floresta está em território brasileiro — o restante se estende por outros nove países da América do Sul. Mesmo sem ocupar toda a Amazônia, a porção brasileira já concentra uma riqueza ambiental, cultural e social de enorme relevância, tanto nacional quanto global.


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As vastas florestas amazônicas influenciam diretamente o clima do Brasil e de outras regiões do mundo, ajudando a regular chuvas, temperaturas e armazenando carbono em grande escala. A região também é habitada por cerca de 22 milhões de pessoas, distribuídas entre áreas urbanas e comunidades tradicionais como povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, que mantêm modos de vida fortemente ligados à floresta e aos seus recursos.


A Amazônia brasileira abriga a maior reserva de madeira tropical do planeta, além de outras fontes naturais importantes, como borracha, castanha, peixes e minérios. Essa diversidade biológica e cultural, associada à sua importância climática, torna a conservação da região uma prioridade não só ambiental, mas também social e educacional.



Por isso esse bioma é palco de importantes debates sociais e políticos, como o desmatamento, a exploração ilegal de madeira, a grilagem de terras, o avanço do agronegócio e os impactos sobre os povos indígenas e comunidades tradicionais. Todos esses temas têm grande potencial de discussão nas escolas, pois envolvem questões éticas, econômicas e culturais que atravessam várias áreas do conhecimento.


Como trabalhar o bioma amazônico em diferentes disciplinas?


  • Ciências: ir além da descrição da fauna e da flora, discutindo os impactos das ações humanas na floresta, como o desmatamento, a grilagem de terras e as queimadas. Refletir sobre os serviços ecossistêmicos prestados pela Amazônia — como a regulação do clima e o armazenamento de carbono — e seu valor para o planeta.


  • Geografia: explorar as especificidades das relações humanas com o bioma, como os modos de ocupação e uso da terra, e as condições edafoclimáticas que influenciam sua biodiversidade e produtividade. Relacionar o relevo, o solo e o clima ao potencial agrícola e extrativista da região, e às tensões sobre seu uso.


  • História: investigar como a colonização portuguesa impactou os diferentes biomas brasileiros de formas distintas. A Amazônia, por exemplo, foi menos diretamente ocupada nos primeiros séculos pela dificuldade de acesso, o que resultou em menor densidade urbana, mas também em uma história marcada por ciclos extrativistas e conflitos fundiários. Comparar esse processo com o da Mata Atlântica ou do Cerrado pode render boas discussões.


  • Português: propor produções de texto que envolvam posicionamentos críticos sobre o uso da floresta, bem como a análise de crônicas, reportagens e discursos sobre a Amazônia. A leitura de textos de autores indígenas ou de comunidades amazônicas pode enriquecer o repertório dos alunos.



  • Matemática: utilizar dados reais sobre desmatamento, emissões de carbono, áreas de preservação e populações tradicionais para desenvolver gráficos, tabelas e interpretações estatísticas, aproximando os números da realidade social e ambiental.


  • Arte: estudar manifestações culturais e artísticas da região, como o artesanato indígena e ribeirinho, que utilizam recursos naturais de forma simbólica e sustentável. Incentivar a criação de trabalhos inspirados nesses elementos, valorizando a cultura local e o conhecimento tradicional.


  • Inglês: aproveitar o fato de que a Amazônia é foco de atenção mundial e que há muitos materiais (documentários, reportagens, artigos e campanhas internacionais) disponíveis em inglês. Isso permite trabalhar leitura e escuta em língua estrangeira com temas ambientais relevantes, além de estimular os alunos a compreenderem o papel do Brasil no cenário global.


Trabalhar o bioma amazônico de forma transversal é uma oportunidade de aproximar os estudantes das questões ambientais e sociais que afetam o presente e o futuro do país. Com isso, contribui-se para a formação de cidadãos conscientes, críticos e sensíveis à importância da preservação ambiental. Essas ideias serão detalhadas em textos futuros, com sugestões de atividades e aprofundamentos por disciplina.




 
 
 

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